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O futebol

02.10.14

« Os rapazes disseram que jogavam futebol melhor do que as raparigas. As raparigas desafiaram os rapazes para um jogo e acreditas que ganhamos!? Só que eu não toquei na bola... corria, corria, mas quando chegava à beira deles, eles atiravam a bola para outro lado! A Letícia não jogou porque estava de sandálias. Só pode jogar futebol quem tem sapatilhas. »

E foi isto, duas horas de futebol. Devia ser aula de música mas o professor faltou. Saiu da escola suja, suada e feliz! Aliás a S. está a adorar a escola ou melhor está a adorar o recreio. Brincar é tão bom e faz tão bem!

E por falar em futebol,  no final de semana fizemos uma visita ao Museu do F.C.P. . Nada de desdenhar. Museu é museu. Seja qual for o tema é sempre pedagógico. O tema deste é o futebol. A vontade foi do Pai, o entusiasmo da S. e as críticas são minhas.

Nunca tinha estado num estádio de futebol daquele tamanho. Imaginei que quando pisasse o relvado iria irromper o aplauso dos quase 50.500 espectadores como que da comemoração de um golo se tratasse, mas não, só ouvi silêncio e a voz irritante da guia «vamos, mais rápido, não podem ir para aí, venham para aqui, mais rápido, agora podem tirar fotografias, é expressamente proibido calcar o relvado, mais depressa». O tour demora 45 minutos, entre o relvado, os corredores para as bancadas, as próprias bancadas, o camarote vip, a cadeira do nosso presidente, a sala de imprensa, o autocarro dragon force, o balneário e o túnel de entrada dos jogadores para o estádio. A informação dada é pouca, passamos o tempo a correr com a escolta de 3 seguranças altos, musculados e de voz grossa que nos impedem a passagem para lugares interditos ao público em geral. Supostamente, a visita é feita por adeptos ou simpatizantes do clube e turistas. Não se trata assim nem a malta da casa nem turistas. Já fui turista em muita parte do mundo... nunca me senti assim. Deve ser o mesmo sentimento dos adeptos da equipe visitante que são enfiados naquela fatia de piza pequenina com protecção de rede frontal qual grade de protecção de animais ferozes. É por estas e por outras que não vamos aos estádios. Imaginem um dia de jogo... credo! O meu senhor só sorria.

 

Estivemos no balneário das equipes visitantes. O balneário da equipe azul é exclusivo dos jogadores, equipe técnica e médica e dirigentes. Mais ninguém lá entra. Já vimos fotos no jornal, na facebook, mas entrar lá, não podemos. Parece que o mestre Pedroto criou a regra que se mantém até hoje contribuindo para manter o estádio no ranking de mais temido do mundo. Gostei especialmente das paredes do balneário onde as vitórias do clube  estão bem espelhadas para intimidar o adversário. Boa técnica. Também gostei de outras paredes, as dos corredores do estádio: são 21.000 metros quadrados de azulejos com nomes daqueles que estiveram no estádio no dia da inauguração em 2003.

O que mais me impressionou foi o relvado. Verde até perder de vista... e as balizas? Literalmente maiores do que a minha sala, com 7 metros de comprimento e 2,5 de altura? Passei a admirar os guarda-redes! Na televisão parece tudo mais pequeno...

O museu correspondeu à expectativa: inovador, interactivo, interessante, místico e revelador. Mas o melhor são as estrelas... Dragão é estrela, é constelação e é museu, e é ao longo de todo o museu que as estrelas, azuis neste caso, nos mostram os inúmeros troféus conseguidos pelo clube, não só de futebol. Mas voltando ao futebol, a Taça Intercontinental, a versão dos tempos modernos da Taça dos Campeões Europeus, a Taça UEFA ou a Supertaça Europeia, o troféu de Campeão Nacional ou a Supertaça de Portugal. São mesmo muitas, organizadas por data, lugar, intervenientes e até condições meteorológicas. A mim não me dizem muito, porque uma vitória é uma vitória e não entendo muito bem o significado dos nomes das diferentes competições, a não ser das cinco taças alinhadinhas que memorizam o penta.

Hoje, não perco o meu tempo a ver futebol, não sei o nome da maior parte dos jogadores nacionais, a não ser os mais mediáticos, e normalmente os mais mediáticos são estrangeiros. Mas lembro-me bem do tempo em que tinha tempo para ver futebol: Fernando Gomes, João Pinto, Paulinho Santos, Domingos, Fernando Couto, Jorge Costa, Victor Baía, Costinha, e outros... e depois o Sr. Presidente sempre presente desde há mais de trinta anos. Estão lá todos, todos homens, feita a excepção a Fernanda Ribeiro, a única lembrança feminina que tenho do museu.

Naquele dia o F.C.P. fazia anos, 120 aninhos, e a princesa sentiu-se um dragãozinho azul com tanto divertimento, não obstante a certa altura dizer para desgosto de Pai: «vamos mas é ver coisas do Sporting»!

 

 

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